A construção da personalidade do filho (Parte 1)
3 de dezembro de 2021Aumenta número de síndromes entre crianças e adolescentes pós isolamento
15 de dezembro de 2021Em vez de ler, que tal ouvir o post? Experimente no player abaixo:
“O mimo excessivo impede a criança de aprender a lidar com frustrações, distanciando-a do mundo real, no qual nem sempre os desejos magicamente são atendidos”.
No post anterior, começamos a tratar de um tema muito importante, que é a construção da personalidade dos filhos.
E agora, continuando o tema, vamos explicar como a influência dos avós pode impactar esse processo. Iremos mostrar como o mimo também está ligado a muitos fatores observados nessa parte.
Veja a seguir:
Construção da personalidade e os avós
Quando uma criança nasce ou vem para a família, é válido lembrar que os avós também já vivem suas questões.
Às vezes, sentindo-se sós, eles buscam nos netos a felicidade, a lembrança do início do casamento, quando na casa havia vida, e assim por diante. Os netos, nesse caso, representam o sucesso de colocar no mundo a continuação de sua geração.
Um dos itens de tratamento contra o suicídio (Setembro Amarelo- Unimed) fala da importância de ter filhos.
A escola da inteligência fala que a relação dos avós com seus netos é importante para repassar a cultura da família e desenvolver o lado afetivo. No entanto, a Gazeta do Povo alerta: “O mimo excessivo impede a criança de aprender a lidar com frustrações, distanciando-a do mundo real, no qual nem sempre os desejos magicamente são atendidos”.
Por isso, cabe abordarmos também o mimo mais de perto e o que ele significa.
A questão do mimo na construção da personalidade
O mimo realmente é a sentença da criança/adulto no fracasso.
Elza Maria (Scielo) fala da importância do desenvolvimento do apego, porém podemos entender pela lógica que todo conteúdo psicológico que busque o desenvolvimento da inteligência emocional muito bem estruturado pode cair no erro do excesso.
Mariangela Bento (Sedes) fala da construção do Eu na teoria do Freud (narcisismo), ligando-se à importância dessa fase. Entretanto, podemos entender que essa construção deve ser muito bem elaborada pelos cuidadores.
Se juntarmos as teorias de apego descritas no SciELO por Elza Maria e a construção do Eu ( narcisismo) descrito por Mariangela (Sedes) vamos perceber a estrutura da inteligência emocional, a que damos pouca atenção.
Ao não compreender bem esses passos, toda família pode cair no equívoco de direcionar esforços em sentido errado e afetar a construção da personalidade de um novo indivíduo por meio do mimo exagerado.
O narcisismo, se visto a partir dessa perspectiva, funciona como um complemento do egoísmo, que acaba criando projeções, algo que pode levar a consequências na personalidade do envolvido.
Por isso, é sempre tão importante identificar e tratar questões psicológicas em um ambiente que leve em consideração esse conjunto multifatorial de aspectos.
Quer entender mais? Continuamos na parte 3. Acompanhe o blog!
Referências:
http://www.unimed.coop.br/portalunimed/cartilhas/setembro-amarelo/
https://www.scielo.br/j/epsic/a/sSzWbH9mCqLXjhtqSvdH8Qx/?format=pdf&lang=pt
http://www.sedes.org.br/Departamentos/Formacao_Psicanalise/narcisismo_desamparo.htm